M. Night Shyamalan tornou-se um realizador que não garante o consenso quanto à sua obra realizada. Tanto atingiu, como se costuma dizer, os píncaros, como por ocasiões é deitado abaixo pela crítica, não só a nacional, como a internacional. Por um lado é odiado, por outro louvado como realmente inovador na arte de contar histórias através do grande ecrã.
A filmografia (só a partir de 1999) pode ser dividida em três partes distintas e inconfundíveis, no que diz respeito às reacções que provocaram: 1ª) apenas tem lugar nesta listagem “The Sixth Sense / O Sexto Sentido” (1999), o filme que tirou Shyamalan do desconhecimento pela sua qualidade técnica, artística e por um guião estruturalmente forte, características essenciais para não se proceder à catalogação imediata na secção de maus filmes de terror; 2ª) desta parte pertencem, saltando a ordem cronológica, “Unbreakable / O Protegido” (2000) e “The Village / A Vila” (2004). “Unbreakable” inicialmente foi recebido com alguma relutância por fugir à temática do terror - o que só prova que “Sexto Sentido” foi realmente estrondoso - rapidamente se tornou objecto onírico pela abordagem visceral ao universo dos comics. “A Vila” é, sem dúvida alguma, a grande obra-prima de Shyamalan. Pode-se dizer que, no seu núcleo, voltamos à mesma temática. Há, pois, a abolição do mito em função do despertar da realidade pela criação de (mais uma vez) um herói. Shyamalan é hábil e pródigo ao guiar o espectador numa dada direcção, mudando-lhe o rumo à última da hora; 3ª) Nesta última parte sobram “Signs / Sinais” (2002) e “Lady in the Water / Senhora da Água” (2006). Este último foi tomado como o pior da sua carreira, pelo pretensiosismo que muitos consideravam, incompreensivelmente, Shyamalan ter ganho.
Pedro Xavier
2 comentários:
Eu admito, sou fã do senhor indiano.
Tenho é pena de nunca ter visto "A senhora da água". Dos outros gostei de todo e dificilmente consigo escolher um preferido.
Agora com um trailer destes...Fico em pulgas!
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