Ian McEwan, o autor inglês de Cães Pretos, Amesterdão, A Criança no Tempo, O Jardim de Cimento, Expiação e A Praia de Chesil, apresentou em 1994 o seu segundo romance para crianças, The Daydreamer ou, em português, O Sonhador. O Sonhador foi o meu primeiro livro de McEwan e despertou-me rapidamente o interesse para as suas restantes obras. Não se pense que por ser para crianças não o devemos ler. A maravilhosa imaginação e ideias contidas nas suas páginas, são inspiradoras para mentes de todas as idades.
A personagem principal é um rapazinho de 10 anos chamado Peter e é nesta personalidade que Ian McEwan projecta a sua. A mente de Peter leva-nos por um mundo vastíssimo e rico em imaginação e aventuras, contendo todas as perguntas e respostas que alguma vez, consciente ou inconscientemente, já nos fizemos. Em sete episódios, o escritor Peter Fortune, já em adulto, revê as secretas aventuras e metamorfoses de infância. Ao viver, algures, entre o sonho e a realidade, Peter sofre transformações fantásticas: troca de corpo com o gato velho lá de casa, tem uma batalha de bonecas furiosas ou então encontra um creme na gaveta de cozinha que quando espalhado faz desaparecer as pessoas.
O Sonhador está maravilhosamente bem escrito, elaborado e imaginado, com o poder de nos cativar a cada página que viramos. As ideias que McEwan teve, aliás, que Peter tem, ficam-nos para sempre na memória.
Pedro Xavier
1 comentário:
Sei que li o Expiação e adorei, assim como o filme :)
Eduardo Queiroz
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