domingo, 26 de outubro de 2008

Quantum of Solace - antecipação

«'I've seen flagrant infidelities patched up, I've seen crimes and even murder forgiven by the other party, let alone bankruptcy and every other form of social crime. Incurable disease, blindness, disaster - all these can be overcome. But never the death of common humanity in one of the partners. I've thought about this and I've invented a rather high-sounding title for this basic factor in human relations. I called it the Law of the Quantum of Solace.'»

O excerto acima transcrito faz parte de Quantum of Solace, uma das short-stories que Ian Fleming escreveu ao longo da sua vida. Juntamente com From a View to a Kill, Risico, Octopussy, The Living Daylights e For Your Eyes Only (entre outros), Quantum of Solace surge agora numa nova edição da Penguin Books (um bem-haja!) de título homónimo. Esta edição surge num momento muito próprio, uma vez que pelo conteúdo não há nada de novo: trata-se de uma colectânea de todas as short-stories já editadas em dois volumes, o primeiro de título From a View to a Kill e o segundo de título Octopussy/The Living Daylights.

Quantum of Solace, a aventura que dá título ao 22º filme de James Bond, é uma história atípica nas aventuras do agente britânico. Aliás, em abono da verdade, não se pode considerar uma aventura àquilo que se passa nas vinte e cinco páginas do conto. A acção decorre em Nassau, num chato jantar na casa do governador. Depois dos convidados saírem, ficam apenas o anfitrião e o agente secreto, a conversar. É uma frase de Bond, «''I've always thought that if I ever married I would marry an air hostess», para quebrar o gelo, que despoleta toda a narração de uma história de uns conhecidos do governador e que tornam Bond no principal espectador e alvo de uma moral escondida...

Pois bem, de que se trata então de Quantum of Solace? Quantum of Solace é, tal como se leu no excerto, um estado de espírito.

«'They [man and a woman] can survive anything so long as some kind of basic humanity exists between the two people. When all kindness is gone, when one person obviously and sincerily doesn't care if the other is alive or dead, then it's just no good. That particular insult to the ego - worse, to the instinct of self-preservation - can never be forgiven.'»

O que esperar, então, de Quantum of Solace, o filme? Vamos ter, não um Bond passivo, a escutar velhas histórias enquanto bebe brandy recostado num incómodo sofá, mas sim um Bond vingativo, à procura dos responsáveis pela morte de Vesper (que, relembre-se, o traiu), completamente imerso no estado psicológico de Quantum of Solace: frio, seco, duro e implacável.

Teremos o Bond mais "negro" de todas as aventuras do herói britânico?

Pedro Xavier

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Poster - The Shining (1980)


Há dias deparei-me com este poster, desenhado por Jeff Kleinsmith. Totalmente desprendido de compromissos para com a produção e divulgação do filme, este poster consegue transmitir, sem mostrar demasiado, aquilo que o filme de Stanley Kubrick é: uma fuga paranóica e labiríntica numa casa assombrada, sombria e isolada do mundo. Baseado no best-seller de Stephen King, Kubrick ignorou o argumento do escritor e re-inventou o argumento à volta de uma família disfuncional. Não é um poster de génio?

Pedro Xavier

Joker


Chega já a 4 de Novembro (na Amazon) a mais recente graphic novel de Brian Azzarello, de título Joker. O autor de 100 Bullets apresenta-nos um Joker muito parecido àquele que Heath Ledger interpretou em The Dark Knight (Cristopher Nolan). O próprio autor afirma que Joker, a graphic novel, é “the most violent thing I’ve ever written.” Da contracapa do livro pode-se ler:

"After yet another stint in Arkham Asylum, The Joker finds “his city” divided among mobsters and costumed villains. Not content to settle for a piece of the pie, The Joker vows to take back the whole damn enchilada by any means necessary. Look for appearances by a slew of Gotham’s most wanted, including gritty takes on Two-Face, Riddler, Killer Croc, Penguin, Harley Quinn and even Batman! Not since THE KILLING JOKE have you seen such a powerful tale of The Joker – you won’t want to miss this one!"

As primeiras quatro páginas podem ser lidas no MySpace e, pelo que vi, é de abrir o apetite por mais.

(fonte: /film)

Pedro Xavier

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Coupling


A sitcom britânica Coupling é brilhante em diversos sentidos, e muito particularmente no seu guião, escrito por Steven Moffat. Centra-se nas aventuras de um grupo de seis amigos (3 homens e 3 mulheres) que, na maior parte dos episódios, debatem as mesmas histórias entre si (ou acontecimentos similares), embora com visões sempre completamente distintas (basicamente, a visão feminina e a masculina de cada questão).

O sucesso desta série foi quase automático, e quando passou na BBC Americana, houve uma tentativa de adaptá-la, que falhou pelo caminho (afinal, é difícil igualar o charme dos ingleses, mesmo numa sitcom).

O engraçado é que, após alguns episódios, começamos a notar pormenores absolutamente fantásticos, como o facto de, embora se pense o contrário, os homens serem muitíssimo mais inseguros que as mulheres em relação a tudo (exceptuando a personagem Sally - Kate Isitt - que tem alguma dificuldade em aceitar a velhice e as forças da gravidade).

Os personagens funcionam na perfeição entre si, como um grupo. Complementam-se e têm sempre algo extremamente inteligente (ou estupidamente cómico) para dizer. Todos eles apresentam características vibrantes (notáveis mais do que a olho nu), como a incapacidade de Steve (Jack Davenport) de lidar com a pressão "I meant to say 'yes', and I missed by one word!" ou a sua sempre presente fantasia por Mariella Frostrup; a segurança e determinação de Susan (Sarah Alexander) que desconcerta as suas amigas, que invariavelmente se vão mostrando ligeiramente invejosas; a dificuldade que Jeff (Richard Coyle) tem de falar com as mulheres interessantes ou atraentes, que leva a uma constante frustração sexual (e constitui grande parte das cenas mais cómicas da série); a obsessão de Sally pelo seu corpo que está ligada ao seu maior medo - o de acabar sozinha; a visão redutora que Patrick (Ben Miles) tem das mulheres, conseguindo, no entanto, dormir com todas elas (talvez pela mesma razão que lhe chamam 'donkey' ou 'tripod') e, finalmente, a possessividade de Jane (Gina Bellman), especialmente por ela própria (e, claro está, a sua falta de inteligência, or so it seems).

A evolução das temporadas está muito bem conseguida, modificando as relações do grupo de amigos gradualmente, numa contínua relação de causa e efeito, nunca deixando perder o fio à meada e deixando os personagens crescerem sozinhos.

De recordar algumas quotes que, mesmo fora de contexto, conseguem arrancar um sorriso da cara do mais sisudo:

Sally: "What do you call people you go out with but don't try to sleep with?"
Patrick: "Men"

Jeff: "I love the word naked, it's brilliant isn't it, 'naked'? When I was a kid I used to write the word naked on a bit of paper hundreds of times and rub my face in it."

Sally: "At least you've been in there with Patrick. I've passed on my opportunity to be 'Patricked'."

Jeff: "When God made the arse, he didn't say, 'Hey, it's just your basic hinge, let's knock off early.' He said, 'Behold ye angels, I have created the arse. Throughout the ages to come, men and women shall grab hold of these, and shout my name!"

Susan: "Some men were born lucky. Some men were born very lucky."
Sally: "What was Patrick born?"
Susan: "A tripod."

Steve: "Jeff, every morning I wake up glad I'm not you."
Jeff: "Me too."

Jane: "I really quite like being single. Except for the bit about not having a man."

Steve: "This is not, I repeat, *not* an American sitcom!"


Sara Toscano

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

António Lobo Antunes


A propósito de António Lobo Antunes, está disponível no youtube uma entrevista na SIC Notícias, conduzida por Mário Crespo, aquando o lançamento de O Meu Nome é Legião (2007). Quem não conhece a personalidade do autor, ficará certamente encantado(a) e curioso(a) por ler a sua obra. Quem já o conhece, é sempre um prazer ouvir o que um dos maiores escritores alguma vez vivos neste pequeno rectângulo à beira mar plantado tem para dizer. Aqui ficam os vídeos.





Pedro Xavier

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Videoclip #4

Para além do lugar-comum "se uma Kylie Minogue é bom de ver, quatro é ainda melhor", o videoclip Come Into My World tem muito que se lhe diga, por muito simples que seja a ideia. À medida que dá a mesma volta à rua quatro vezes, a cantora vai se desdobrando noutras, que a acompanham com alguma variação na coreografia, mas fazendo basicamente o mesmo que a "original". O resultado é muito bom. E Kylie Minogue, efectivamente, monopoliza qualquer olhar de espectador mais desatento. Mas há que notar a mestria com que, à medida que Kylie se vai desdobrando noutras, também as outras personagens de segundo plano se desdobram, enchendo e tornando a rua num caos. Perfeito.



É realmente dada importância ao quadro como um todo. Muito bem conseguido.


Sara Toscano

Videoclip #3

E com uma estética muito própria, o videoclip dos Vicious Five - Bad Mirror - tem uma mensagem muito simples, intrínsecamente ligada à "onda" desta banda - a ideia do Do it yourself. O facto de termos frames pintados e desenhados à mão por pessoas comuns (e não profissionais de belas-artes) leva a pensar "qualquer um de nós pode fazer um videoclip". E está muito bem conseguido, visualmente apelativo.



O que é nacional, é efectivamente bom!


Sara Toscano

Videoclip #2

Há ainda um videoclip que, pela natureza da sua astúcia, que passa tão despercebida a tanta gente, não pode deixar de ser mencionado; Imitation of Life, dos R.E.M. é um videoclip extremamente "poupado": na verdade, dos pouco mais de 4 minutos que tem no total, apenas possui 17 segundos de video corrido; tudo o resto, são rewinds e fast forwards àqueles 17 segundos, com zoom in e zoom out, focalizando-se nas personagens que compôem o quadro. E no entanto, quem repara nisto? O trabalho de todas aquelas personagens está tão bem feito, que nos prendemos aos seus pedaços de histórias (e lábios que vão cantando a letra da música, now and then), sem nunca reparar que aquilo que estamos a ver está a acontecer tudo em simultâneo, excepto aos nossos olhos.

Ora, vejamos:



Simplesmente genial.


Sara Toscano

Videoclip #1

Um videoclip, ou teledisco, é um video curto, a acompanhar uma música; até aí, tudo de acordo. À primeira vista, é também um "golpe" de marketing, com o intuito de vender a imagem duma banda ou artista, vender a sua obra, o som, o produto, o disco. Mas quem é que não concorda que um videoclip é, acima de tudo, também uma arte? Pode ter vários tipos de abordagem, é verdade; obedece a algumas regras e convenções (especialmente aqueles que passam na MTV); segue diferentes estilos, técnicas e estéticas e é, normalmente, arrojado. Sim, mas quem pensa que um videoclip só vive da música que tenta vender, engana-se.

Vejamos, assim, um grande exemplo que corrobora a máxima "videoclip - arte":



How does it make you feel é um clip onde a composição da imagem, tão limpa, se entranha por completo na música que ilustra, numa simbiose perfeita. Este videoclip não poderia pertencer a outra música, nem esta música faria o sentido que faz, se fosse com outro videoclip. Tão simples quanto isto.


Sara Toscano

Os Cus de Judas (parte II)

«Passamos vinte e sete meses juntos nos cus de Judas, vinte e sete meses de angústia e de morte juntos nos cus de Judas, nas areias do Leste, nas picadas dos Quiocos e nos girassóis do Cassanje, comemos a mesma saudade, a mesma merda, o mesmo medo, e separamo-nos em cinco minutos, um aperto de mão, uma palmada nas costas, um vago abraço, e eis que as pessoas desaparecem, vergadas ao peso da bagagem, pela porta de armas, evaporadas no redemoinho civil da cidade.»

Por onde começar quando se fala de Lobo Antunes? Pelo princípio, pelo meio, ou pelo fim? A questão não é tão simples como aparenta ser. Analisar a sua obra, ou parte dela, é um exercício tremendamente arriscado, visto estarmos perante um dos mais complexos e geniais autores e romancistas portugueses. Os Cus de Judas, o segundo livro de António Lobo Antunes, faz parte de uma trilogia que inclui Memória de Elefante (anterior) e Conhecimento do Inferno (posterior). O livro é um testemunho e uma "dolorosa aprendizagem da agonia", diz o autor acerca da guerra em Angola. Ao evoluirmos gradualmente na leitura, vai-se desmontando o ultramar, pelos meses em que o narrador se encontrou ao serviço da pátria portuguesa.

Organizado em 23 capítulos, ordenados de A a Z, sem interrupções na ordem do alfabeto, a acção desenrola-se em dois planos temporais: um cronológico, período de tempo de uma noite, que vai do encontro do narrador com uma mulher num bar até o amanhecer, depois de uma noite de sexo sem amor, e o tempo elástico, reconstituído a partir fragmentos soltos, recolhidos dos escombros das memórias de uma colecção de insucessos e fracassos. O tempo cronológico é um enorme monólogo em que o narrador expõe a uma mulher sem nome todas as suas angústias e a mediocridade da vida que o cerca. A sensação de fracasso que domina o narrador está intimamente ligada aos insucessos dos tempos em que servia o exército português no combate às guerrilhas africanas.

Partindo do relato do narrador, das experiências a que foi sujeito e da forma como as interpreta e com elas lida, traça-se um percurso que desemboca inevitavelmente na conclusão/admissão do gigantesco e inacreditável absurdo da guerra. Delineia-se um retrato demasiado bruto e verdadeiro para se poder falar de uma caricatura. A seriedade e crueldade da narrativa fazem do livro uma denúncia. Ou antes: é deste modo apresentada uma visão da realidade, uma posição sobre os factos, uma voz silenciada que entra em erupção e vem contar a sua versão. Numa narrativa não-linear e fragmentada, Lobo Antunes revela as inquietações existenciais de um ser humano, na indelével experiência de uma guerra, que se misturam às memórias de infância e juventude na Lisboa salazarista.

O autor utiliza, na maior parte do romance, o fluxo de consciência e da associação de ideias, para construir a história e o perfil de seu narrador-protagonista, uma personagem que, a partir de "uma dolorosa aprendizagem da agonia", vê a sua vida e os seus valores estilhaçados pela melancolia. O que lhe resta são fragmentos de memória — a criança que visitava com os pais o jardim zoológico aos domingos, o jovem que assiste impassível ao seu futuro a ser traçado pela autoridade inquestionável de uma família salazarista, o adulto apático e frustrado diante da violência que lhe retira as rédeas e o sentido da vida.

Decadência, putrefacção, pestilência, morte, violência e absurdo, são as palavras-chave desta obra. Ao regressar a Portugal, após vinte e cinco meses de sofrimento a servir como médico na Guerra Colonial, o narrador (autor) desabafa. O sofrimento, a violência, as mortes e a hipocrisia política vividas marcaram-no de tal maneira que ele não se consegue adaptar à vida, uma vez que acaba por se separar da mulher, Isabel, com quem teve duas filhas. E assim, decifrando a noite, o deserto, os homens, a luz e as trevas, depara-se consigo mesmo. A verdade o Homem que emerge dentro de si, quando supera a si mesmo, quando diz não a tudo aquilo que o sufoca, o desespera, quando supera África, terra de resistência, terra de epifania, porque “ao se medir com um obstáculo, o homem aprende a se conhecer”.




Pedro Xavier

Os Cus de Judas (parte I)

«Escute. Olhe para mim e escute, preciso tanto que me escute, me escute com a mesma atenção ansiosa com que nós ouvíamos os apelos do rádio da coluna debaixo de fogo, a voz do cabo de transmissões que chamava, que pedia, voz perdida de náufrago esquecendo-se da segurança do código, o capitão a subir à pressa para a Mercedes com meia dúzia de

voluntários e a sair o arame a derrapar na areia ao encontro da emboscada, escute-me tal como eu me debrucei para o hálito do nosso primeiro morto na desesperada esperança de que respirasse ainda, o morto que embrulhei num cobertor e coloquei no meu quarto, era a seguir ao almoço e um torpor esquisito bambeava-me as pernas, fechei a porta e declarei Dorme bem a sesta, cá fora os soldados olhavam para mim sem dizer nada, Desta vez não há milagre meus chuchus, pensei eu, fitando-os, Está a dormir a sesta, expliquei-lhes, está a dormir a

sesta e não quero que o acordem porque ele não quer acordar, e depois fui tratar dos feridos que se torciam nos panos de tenda, nunca os eucaliptos de Ninda se me afiguraram tão grandes como nessa tarde, grandes, negros, altos, verticais, assustadores, o enfermeiro que me ajudava repetia Caralho caralho caralho com pronúncia do Norte, viemos de todos os pontos do nosso país amordaçado para morrer em Ninda, do nosso triste país de terra e mar para morrer em Ninda, Caralho caralho caralho repetia eu com o enfermeiro com o meu

sotaque educado de Lisboa, o capitão apeou-se na Mercedes num cansaço infinito, segurava a arma à laia de uma cana de pesca inútil, o povo da sanzala espreitava receoso lá de baixo, escute-me como eu escutava o rápido latir aflito do meu sangue nas têmporas, o meu sangue intacto nas têmporas, pelos buracos da varanda via o capitão a passear de um lado para o outro apertando o viático de um copo de uísque contra o peito, falando sozinho, cada um

conversava sozinho porque ninguém conseguia conversar com ninguém, o meu sangue no copo do capitão, tomai e bebei ó União Nacional, o corpo do morto crescia no quarto até rebentar as paredes, alastrar pela areia, alcançar a mata em busca do eco do tiro que o tocou, o helicóptero transportou-o para Gago Coutinho como quem varre lixo vergonhoso para debaixo de um tapete, morre-se mais nas estradas de Portugal do que na guerra de África, baixas insignificantes e adeus até ao meu regresso, o furriel arrumou os instrumentos cirúrgicos na caixa cromada, os canivetes, as pinças, os porta-agulhas, as sondas, sentou-se ao meu lado nos degraus do posto de socorro, espécie de vivenda pequenina para férias dos

reformados melancólicos mordomos idosos, governantas virgens, os eucaliptos de Ninda não cessavam de aumentar, estamos os dois aqui sentados como eu e ele nesses tempo, Abril de 71, a dez mil quilómetros da minha cidade, da minha mulher grávida, dos meus irmãos de olhos azuis cujas cartas afectuosas se me enrolavam nas tripas em espirais de ternura, Foda-se, disse o furriel que limpava as botas com os dedos, Pois é, disse eu, e acho que até agora nunca tive um diálogo tão comprido com quem quer que fosse.
»

in Cus de Judas

Pedro Xavier

Morte das Bond Girls


Surpreendentemente, os produtores do novo filme de James Bond, Quantum of Solace, distribuíram na imprensa uma série de fotografias reveladoras do final de uma das personagens principais do filme, mais concretamente da nova Bond girl, interpretada por Gemma Arterton. A morte de uma Bond girl não é novidade nenhuma. Basta recordar Casino Royale, The World is Not Enough ou Tomorrow Never Dies, como os casos mais recentes, ou então relembrar outro Bond, Sean Connery em Goldfinger (1964). É neste último que a cena da morte de Jill Masterson ficou para sempre gravada na nossa memória. Deitada numa cama, nua, pintada a ouro, morta por asfixia da pele.

Pedro Xavier