terça-feira, 17 de junho de 2008

Morder-te o Coração


Este romance, como escreve José Eduardo Agualusa, deve ser manuseado com cuidado por conter emoções, ou como diz Inês Pedrosa, constitui "uma viagem alucinante pelos labirintos do desejo e da solidão".
Verdadeiramente, Patrícia Reis escreve sobre uma obsessão pelo Amor puro que, no fim, se demonstra ridiculamente desprovida de sentido.
Denota-se, ao virar de cada página, uma paixão incomensurável pelas palavras, pelos seus significados, e uma necessidade de encher de segundas intenções as entrelinhas, permeadas de desilusão e sonhos desfeitos.
Um homem que acredita ter encontrado o seu outro Eu numa mulher de quem nada sabe, uma mulher com quem partilhou uma intensa paixão de verão. Ela desaparece e ele decide procurá-la, como se disso dependesse toda a sua vontade de viver.
"O amor visto por um homem tem o poder e a dor das coisas maiores".
O ponto final desta história é cruelmente verdadeiro. Nu e cru.

"Morde-nos, de facto, o coração"


Sara Toscano

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