“If I have seen farther than others, it is because I was standing on the shoulders of giants” – Sir Isaac Newton
Diz-se que Noel Gallagher viu a frase numa moeda de duas libras e, tendo gostado tanto, decidiu que seria o nome apropriado para o novo álbum dos Oasis. Escreveu o nome num pacote de cigarros e assim ficou.
A capa do disco é dada pela vista sobre Nova Iorque, do terraço do edifício Rockefeller. Também se podem ver outros edifícios tais como o Empire State Building e ainda as duas torres do World Trade Center. No terraço de um edifício menor encontram-se todos os elementos dos Oasis, mas já aqui voltamos.
Na altura do lançamento, há 8 anos atrás, previu-se que o novo álbum teria uma melhor receptividade que “Be Here Now” – o terceiro disco de originais da banda – pelo seguinte motivo: o interregno de três anos que permitiria aos gigantes do rock britânico evoluir e tomarem uma nova direcção musical.
O primeiro single, “Go Let it Out” foi uma introdução perfeita para a obra, a melhor até então - manteve-se o rock, mas ligeiramente diferente. E por que é que este é o melhor disco dos Oasis? Não quer dizer que tenha mais singles que os anteriores, nem que tenha passado os vídeos mais vezes na MTv mas de todos este é capaz de ser o mais consistente do início até ao fim. As faixas “Put Yer Money Where Yer Mouth Is” e “I Can See a Liar” dão-nos do melhor rock que os Oasis produzem, mas os pontos altos, aquelas que levam e concretizam a ambição de Noel pelo álbum perfeito são “Gas Panic” e “Where did it all go wrong?”. Sem precisarem de grandes letras…Que sinfonia, que ode ao rock ‘n roll! Temos ainda a alternativa “Who feels love?” e a acústica “Little James”.
Embora esperasse o melhor, o disco não teve boa receptividade por parte da crítica especializada. Até mesmo Noel confessou: “Even though it wasn't our finest hour, it's a good album born through tough times. I worked harder on that album than anything before and anything since.” Ao contrário do que pensa, adoptou a posição correcta: pôs-se cá em baixo, como na foto de capa, a olhar para o que os grandes fazem... para conseguir o seu melhor disco. A meu ver, já o fez.
Pedro Xavier
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