Descobrir um ponto médio entre o mundo da música electrónica e o mundo do rock torna-se numa tarefa fácil quando falamos dos Ladytron. Após três anos de interregno pontuado por datas de tournées (e algumas férias), o quarteto de Liverpool está de volta à música com o seu mais recente disco, Velocifero, o quarto gravado em estúdio desde 2001. Velocifero facilmente transcende o que é comum e confina no mesmo espaço o electro-pop com uma interpretação (dos Ladytron) de uma alma distorcida. Numa labiríntica mistura de ritmos e efeitos digitais, as duas vozes de Hellen Marnie e Mira Aroyo navegam por um caminho diverso, mas coeso, que nos levará indubitavelmente à pista de dança.
A primeira música lançada no sítio dos Ladytron, Black Cat, requer alguma paciência. Durante 2 minutos, Mira canta em Búlgaro (inicialmente era para ter sido em Francês), numa hipnótica sinfonia de batidas que acabam por se tornar maçadoras. Apesar deste início desastroso, as músicas que se seguem, principalmente, Ghots, Runaway, The Lovers, Deep Blue e Versus, são aquelas que, apesar de seguirem o caminho mais mainstream iniciado em Witching Hour (2005), não nos fazem esquecer a origem indie que molda os Ladytron.
Sítios: Oficial, AllMusic, MySpace
4/5
Pedro Xavier
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