terça-feira, 19 de agosto de 2008

The L Word


Esta série de televisão retrata a vida íntima e social de um grupo de lésbicas, bissexuais e transgéneres, das suas famílias, amigos e amantes.

Criado e produzido por Ilene Chaiken (The Fresh Prince of Bel-Air), Steve Golin (Being John Malkovich, Eternal Sunshine of the Spotless Minds) e escrito por Guinevere Turner e Rose Troche, o piloto foi para o ar a 18 de Janeiro de 2004 e está prevista que a sexta e última temporada estreie a 4 de Janeiro de 2009.

Uma das características mais fantásticas desta série é o trabalho das personagens. Estamos, sem sombra de dúvida, perante um character-driven show. Cada uma delas é extremamente forte e convincente, sendo que não há uma única personagem igual ou idêntica a outra.
Bette Porter (Jennifer Beals), a lésbica de descendência africana, com um Art History Major de Yale, viciada em trabalho, assumindo o papel do homem em casa;
Tina Kennard (Laurel Holloman), a lésbica passiva que vive com Bette, cujo maior desejo é ser mãe. Com esse desejo realizado (nasce a Angelica Kennard), começa a procurar alguma independência e questiona a sua homossexualidade;
Kit Porter (Pam Grier), meia-irmã heterossexual de Bette, é cantora e dona do café The Planet (onde o grupo se reúne diariamente). O seu passado conturbado levou-a a refugiar-se no álcool, coisa que, mais tarde, consegue ultrapassar;
Shane McCutcheon (Katherine Moennig), a lésbica que vive as relações como um homem, tendo dormido com mais de mil mulheres, estragando sempre aquelas que se começam a encaminhar (Shane não gosta de compromissos). É uma cabeleireira famosa, uma pessoa impulsiva, mas vista por todas como a melhor amiga e confidente;
Carmen Morales (Sarah Shahi), a lésbica latina que quase consegue roubar o coração de Shane. É DJ e tem uma personalidade muito vincada, com variações constantes de humor e disposição;
Jenny Schecter (Mia Kirshner), a lésbica judia com tendência para o desequilíbrio psicológico, frágil e demasiado self-centered, que aspira a ser escritora;
Alice Pieszecki (Leisha Hailey), a única bissexual assumida do grupo (embora simpatize mais com relações lésbicas), é uma jornalista descomplicada, que vive obcecada com a sua teoria sobre relacionamentos, que leva à criação da The Chart, uma rede de relações humanas e one-night stands, para provar que "everyone is sleeping with everyone else";
Dana Fairbanks (Erin Daniels), a lésbica desportista (tenista profissional) que, embora esteja bem ciente da sua tendência homossexual, tem uma enorme dificuldade em assumir-se, com medo da reacção da sua família (que nunca chega a aceitar);
Helena Peabody (Rachel Shelley), a lésbica doce e inocente que usa o seu dinheiro (é extremamente rica) para ajudar os outros, sendo muitas vezes enganada;
Moira/Max Sweeney (Daniela Sea), a lésbica que nunca se sentiu bem no corpo de mulher, sendo o seu sonho mudar de sexo. Pretende a todo custo ser vista como um homem, sendo, muitas vezes, ridicularizada (especialmente por homens).

Este é o núcleo principal de personagens das três primeiras temporadas. Mesmo sendo muitas, é de notar como elas nunca se atrapalham ou canibalizam; muito pelo contrário, elas complementam-se, encaixando umas nas outras quase na perfeição.

A série é filmada em Vancouver, nos Coast Mountain Film Studios, tendo cenários simples e sempre em conformidade com cada uma das personagens.

A banda-sonora (que já conta com 5 CD's) é uma compilação feita pela EZgirl, que conta com nomes como Ella Fitzgerald, Tracy Bonham, The Gossip, Shivaree e Portishead.

De reter, a letra da theme music, de Betty:

Girls in tight dresses
Who drag with mustaches
Chicks drivin' fast
Ingenues with long lashes.
Women who long love, lust
Women who give
This is the way
It's the way that we live...

Talking, laughing, loving, breathing, fighting, fucking, crying, drinking, riding, winning, losing, cheating, kissing, thinking, dreaming...

This is the way
It's the way that we live
It's the way that we live...
And love.

Imperdível!

Sara Toscano

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