terça-feira, 25 de novembro de 2008

Saw



Uma vénia a Leigh Whannell, que me proporcionou, nos últimos dois dias, algumas horas de um muito bom entretenimento, que dá pelo nome de Saw.

Num panorama que se começa a tornar repetitivo (os clichés do terror e do thriller), esta saga está divinalmente bem engendrada, todas as peças do puzzle vão colando, dando a entender que nada nos é dado ao acaso (fazendo assim juz ao nome dado ao serial killer, Jigsaw).

A premissa é simples: o homem que, devastado pelas vicissitudes da vida, se perde dele mesmo, passando o seu tempo a observar os outros à sua volta, acabando por achar que os salva se os puser à prova em jogos verdadeiramente perigosos e complexos, que se baseiam no poder de escolha (live or die); aqueles que decidirem passar pelo teste, caso sejam bem sucedidos, passarão a dar mais valor à sua vida.

Como se costuma dizer, "não há amor como o primeiro". Aplica-se perfeitamente a Saw, que pela originalidade e genialidade do argumento, constituiu uma novidade estrondosa. Os outros não deixam de ser muito razoáveis, mas não lhe chegam aos calcanhares.

A trama prende-nos de uma forma que, mesmo em cenas de extrema violência (tanto visual como psicológica), não conseguimos desligar de nada, com medo de perder algum elemento fundamental para a compreensão de tudo.

Todos os beats e turning points são fortíssimos, todos justificáveis e o factor-surpresa tem efeitos devastadores, servindo de turning point para o filme que se lhe segue (Saw II).

Para quem gosta de puzzles mentais e puxar pela cabeça, passem dois dias como eu passei: um cobertor, um sofá confortável e os Saw.




Sara Toscano

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